Em minha escola Osório Ramos Corrêa estamos trabalhando com o projeto: Osório Espaço Social Para Todos.
Meus alunos são de 3ºanos, conversei com eles sobre os alunos que temos na escola, o que nos parecem ser sem problemas, os ditos normais, os que são especiais. Eles disseram que há cadeirantes, uma menininha que só bate nos outros e que ela não é normal, pois notam que esta tem a cabeça muito pequena para o tamanho do corpo. Questionei eles sobre o que pensavam sobre estas pessoas freqüentarem a escola. Uma menina disse que era uma lei que obrigava todas as crianças irem para a escola, pois do contrário o Conselho Tutelar poderia prender os pais. Outra disse que é preciso todos ajudar, pois ela conhece um aluno da 5ª que apenas não caminha, mas ele sabe escrever até melhor que outros da mesma série dele.
Então perguntei se alguém já havia ouvido falar nos Pintores com a Boca e com os Pés. Eles disseram que não. Previamente eu tentei copiar através de impressão, mas não consegui. Acredito que estas são imagens protegidas.
Então eu os convidei para olharmos na internet as obras destes pintores. Levei grupos pequenos tendo em vista que somente temos um computador que funciona, este está na sala da direção e tenho que contar com a disponibilidade e boa vontade desta para usá-los.
Eles ficaram encantados então comentei com eles os motivos de alguns serem assim deficiente, o que me deixou bastante admirada foi o interesse deles em saber a história de cada artista e queriam saber mais e mais.
Depois de todos olharem as obras e ouvirem os meus comentários. Perguntei para a turma o que achavam de fazermos uma releitura das obras destes artistas, estes prontamente aceitaram e com pincel, têmpera e papel pardo fizeram suas releituras. Eu só lamento não podermos ficar com as imagens junto de nós em sala para fazermos as releituras. Quando entreguei o material aos alunos teve um que perguntou se teria que usar a boca para segurar o pincel como os pintores ou poderia usar a mão. Eu disse que estavam livres para fazer, então ele disse usaria a mão porque não coseguiria fazer uma pintura segurando o pincel com a boca.
Como vocês podem observar nas obras originais e nas obras dos alunos no slide show os alunos fizeram belas releituras.
Acredito que uma educação integradora e participativa seja também inclusiva na medida que oferecemos situações de alguém pensar no fazer do outro. Fazendo aquilo que talvez este considere tão imperfeito quanto a perfeição daquele que sendo deficiente já fez. Quero dizer que quando eu ofereci esta proposta para meus alunos, junto estava a possibilidade destes refletirem a respeito das suas habilidades e das habilidades de alguém que apesar da deficiência teve a oportunidade realizar e conseguiu desenvolvê-las com perfeição. Portanto todos devem ter oportunidade iguais, a educação dever ser inclusiva por todas as beneces que pode trazer para os deficientes como para todos os demais envolvidos no processo educativo da sociedade como um todo.
BIBLIOGRAFIA:
http://www.apbp.com.br/
http://www.apbp.com.br/artistas.asp
BIBLIOGRAFIA:
http://www.apbp.com.br/
http://www.apbp.com.br/artistas.asp
2 comentários:
Oi, Cristina!
Otima iniciativa! Pelo visto eles gostaram da atividade e conseguiram se colocar no lugar dos pintores! É muito bom incentivar que os alunos se desloquem do seu lugar e se posicionem no lugar do ouro!
Um beijo e PARABÉNS!
Janaína
Olá, Cristina: Muito interessante pensarmos mesmo no fazer do outro! Isso é essencial para que deixemos de pensar com preconceito, principalmente quando se refere aos deficientes. Abraço, Anice.
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