Concluo agora as reflexões sobre o filme O Clube do Imperador.
Primeira mente digo que foi difícil, pois tenho muitíssima dificuldade em me concentrar para assistir um filme. Após muito conversar com colegas e em especial a colega e amiga Ana Beatriz, eu apresento minha avaliação e aprendizagem sobre o filme proposto na Interdisciplina Filosofia na Educação.
Aponto aqui minhas conclusões referentes as decisões morais do Professor. Felizmente nos dias de hoje temos em muitas escolas um trabalho bastante interativo a fim de que decisões em favor de alguém sejam somente tiradas se não forem prejudicar nenhum outro, bem como até mesmo as que irão beneficiar somente um aluno são tomadas em comum acordo com os membros de todos segmentos da comunidade escolar, O Conselho Escolar.
Ao re-classificar aquele aluno indisciplinado o professor despreza outro que, por merecimento deveria ter sido reconhecido e promovido por sua dedicação aos estudos. O professor corrompeu o processo, o professor privilegiou a indisciplina e a falta de objetividade nos estudos. O professor agiu errado, foi tão desonesto quanto o aluno.
Relacionando o filme “O Clube do Imperador” com o texto “A defesa de Sócrates” vejo que ambos têm em comum a educação de jovens, a preocupação com a formação ética e cultural dos mesmos. Sócrates, acusado por Meleto de corromper a juventude com seus questionamentos a cerca do saber, presta sua defesa à sociedade Ateniense da época. Sócrates fez uso de sua eloqüente dialética e reflexão sobre as verdades e incoerências afirmadas por Meleto em sua acusação. Sócrates questionando a ética, os valores, a coerência da sociedade de seu tempo, provoca reflexão a respeito da educação formatada por àquela sociedade, bem como as verdades perpetuadas por seus membros.
O filme “O Clube do Imperador” demonstra mais uma vez que a educação não é neutra e, nem tão pouco pode ser ingênua. Pois, em qualquer decisão e atitude do professor e do aluno, estão intrínsecos valores éticos. Portando sempre trazendo conseqüências em um grupo social.
Sócrates é enfático, mesmo que as pessoas não se importem de conseguir fama, riquezas e honrarias sem cogitarem da razão, (por meio desonesto). O papel do professor assim como Sócrates o fez, deve ser o de interrogar, examinar e confundir, ao descobrir que tal aluno não adquiriu as virtudes e princípios necessários para ser um indivíduo justo e honesto.
O professor deveria repreendê-lo por sua trapaça na frente de todos. Não importando os riscos e prejuízos que isso teria como conseqüência. Acredito que desta forma Hundert teria sido mais correto e não passaria grande parte de sua vida (25 anos) com aquela sensação de fracasso, injustiça e impotência. “O valor de uma vida não é marcado pelo sucesso ou fracasso de um solitário (Hundert)”.
Um comentário:
Olá, Cristina: Gostei bastante dos teus argumentos ao explicar porque a atitude do professor não foi a mais correta. Gostei bastante quando comentas que "o papel do professor assim como Sócrates o fez, deve ser o de interrogar, examinar e confundir, ao descobrir que tal aluno não adquiriu as virtudes e princípios necessários para ser um indivíduo justo e honesto". Abração, Anice.
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