quinta-feira, 17 de junho de 2010

Reflexões (9ª semana de estágio)


Reflexão da 9ª semana (07/06/10 a 11/06/10)



O trabalho desenvolvido nesta semana foi muito gratificante, os alunos estavam bastante motivados e desenvolveram o trabalho com interesse e dedicação. Os alunos foram bastante participativos, suas famílias também colaboraram para o bom andamento das atividades, participaram mandando os recursos e seus filhos desenvolverem as atividades.


Os alunos acessaram os sites referentes a Copa do Mundo na África do Sul. Gostaram muito da socialização com as outras turmas, vibravam com as apresentações dos demais colegas. Os responsáveis pelos alunos que não estavam trabalhando vieram assistir a abertura da Copa do Mundo em nossa escola.


Após estas apresentações a minha turma foi para a sala de aula e conversamos sobre o espetáculo e a forma como todos nós respeitamos o nosso rival. Falamos das torcidas “organizadas” que são verdadeiras tropas de guerra, onde acontece todo tipo de violência. Os alunos comentaram do quão mal pode ficar uma família tem um de seus membros agredidos em uma partida de futebol. Foram unânimes em falar que seus familiares ainda não os levam em uma partida de futebol por terem medo da violência. O Diego disse que seus pais não deixaram a irmã de 16 anos ir a um show da Ivete Sangalo por medo da violência.


Penso que é pertinente o medo das famílias e nosso dever enquanto educadores é também estabelecermos um paralelo com nossos alunos entre o que podemos evitar nas competições de grande porte para não corrermos o risco de sermos vítimas destes indivíduos. Aponto sobre este comportamento violento que algumas pessoas apresentam é advinda da falta de amor. Em muitas ocasiões, como a de grande concentração de pessoas em estádios de futebol, facilitam a manifestação destes seres que foram constituídos em ações diferentes do compartilhamento e da aceitação mútua. São pessoas que foram constituídas emocionalmente por ações diferentes do amor, da solidariedade, da troca e da aceitação do outro.


“Na vida humana, a maior parte do sofrimento vem da negação do amor: os seres humanos somos filhos do amor. Na verdade, eu diria que 99% das enfermidades humanas têm a ver com a negação do amor” (...) Relações humanas que não estão fundadas no amor – eu digo – não são relações sociais. Portanto, nem todas as relações humanas são sociais, tampouco o são todas as comunidades humanas, porque nem todas se fundam na operacionalidade da aceitação mútua. Diferentes emoções especificam diferentes domínios de ações. Portanto, as comunidades humanas, fundadas em outras emoções diferentes do amor, estarão constituídas em outros domínios de ações que não são o da colaboração e do compartilhamento, em coordenações de ações que não implicam a aceitação do outro como um legítimo outro na convivência e não serão comunidades sociais.” (Maturana , 2001, p. 25)




REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. 2 ed.Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Reflexão da 8ª semana de estágio...


Reflexão da 8ª semana (30/05/10 a 04/06/10)



O trabalho desenvolvido nesta semana foi muito gratificante, os alunos estavam bastante motivados e desenvolveram o trabalho com interesse e dedicação. Estes foram bastante participativos e 
fizeram os comentário sobre as atividades desenvolvidas no projeto referente “Eu cidadão pratico minha ação.” Foram bastante críticos em relação ao trabalho desenvolvido por eles durante o projeto. Apontaram o que mais gostaram, o que não gostaram de fazer e o que eles pensam que poderiam melhoral. Este último foi o de falar com os pais de modo mais convincente para eles deixarem estes sair do espaço escolar só com os colegas da turma e com as professoras da escola Osório. Os alunos fizeram a auto avaliação do seus trabalhos durante o trimestre, pois este está em fase final e vamos fazer na próxima semana o conselho de classe de nossa turma. Escreveram um acróstico coletivo elaborado com as letras iniciais da expressão "EU CIDADÃO".


Foi aplicada uma técnica reflexiva entre os alunos a qual consiste em os alunos em círculo passarem um novelo de lã o qual vai sendo desenrolado. Ao passar o novelo de lã para o colega o aluno deve apontar característica do colega e dizer o motivo pelo qual está entregando o novelo de lã a este. Após os alunos fazerem o desenrolar do novelo fazendo uma teia, devem então fazer o retorno desta lã ao novelo.


Os após esta atividade, que foi feita na rua por motivo de maior espaço físico, os alunos retornaram para a sala de aula para conversarmos sobre como conseguiram desfazer a teia. Eles apontaram que a colaboração dos colegas que haviam recebido o novelo foi importante e que somente assim conseguiram retornar a lã ao novelo. Os alunos foram unânimes em dizer que ficavam torcendo para que fosse passado o novelo para si. Fizeram comparações entre o andamento das atividades com a colaboração dos colegas entre si, bem como da colaboração dos familiares para o sucesso dos alunos e das aulas. Mencionaram a participação efetiva das famílias com fornecimento de recursos materiais para o efetivo trabalho dos alunos. Falaram sobre o efetivo acompanhamento dos familiares, pois eles não são sozinhos na escola.


Portanto, nesta atividade relatada, os alunos colocaram-se no lugar do outro, quando agiram colaborativamente para o desenvolvimento da atividade e o sucesso desta. Este comportamento que segundo Piaget (1994 apud REAL, 2007 p.5), é resultado da descentração do pensamento onde o indivíduo age colaborativamente tendo como premissa sua igualdade com o outro e percebe neste uma possibilidade social de troca. Vale dizer aqui que isto só acontece quando o indivíduo é capaz de fazer a diferenciação do outro e através da descentração do pensamento, no qual vê não somente a si e passa a ver o outro e colocar-se no lugar do outro. Isto só acontece com a construção do pensamento, visto que não é desde o início que o indivíduo tem esta concepção.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Refazendo a postagem...7ª semana

Penso que quando investimos em sair do espaço escolar com o grande grupo estamos favorecendo novas aprendizagens, tanto na área cognitiva quanto no crescimento emocional e social de cada indivíduo. Como nos diz Maturana a convivência com o outro faz com que o indivíduo se transforme espontaneamente.




“O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de convivência (Maturana, 1998b, p. 29).”

Pensando sobre as aprendizagens que decorreram da convivência com os outros posso citar a troca da Professora Luciane comigo durante sua visita à sala de aula. Em determinado momento onde eu muito preocupada com a conversa dos alunos durante a apresentação do site amigos do mar, pensei que alguns alunos não estavam dando ateção ao apresentado. Na verdade não era o que estava acontecendo, visto que após a observação da professora Luciane esta me apresentou a folha de suas anotações e estava lá a fala justamente destes alunos: "... e aí eu peguei ela, soltei, fiquei com medo... não, não peguei de novo, tava com medo..." Este era o relato do grupo de alunos que falavam da captura de uma tartaruga em um lago próximo de nossa escola.
Também aponto como aprendizagem quando os alunos que já haviam visitado o SESI em outra oportunidade relatavam aos pioneiros o que este espaço de lazer reservava para eles. A troca entre as personagens da peça teatral: "Máquina do Tempo" sobre o aquecimento global, em que os alunos respondiam ao serem entrevistados sobre o comportamento deles ao escovarem os dentes com a torneira fechada, tomar banho usando o tempo necessário para ficar higienizado. Sem falar da aprendizagem subjetiva dos alunos com a música da peça, da identificação dos alunos com o comportamento dos membros da família que a peça apresentava e da reflexão dos alunos sobre o novo comportamento.