terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Refrexões

SALA DE AULA É LUGAR DE BRINCAR?

Sala de aula é lugar de brincar. Eu pude experienciar com as Interdisciplinas deste semestre atividades que justificam isto. Desenvolvendo atividades lúdicas pude comprovar que atividades de folga são muito importantes, pois neste momento que o professor tem a oportunidade de entender as relações do aluno com o mundo que o cerca. O aluno brinca, joga, faz do lazer sua evolução cognitiva assim como trabalha suas emoções de modo que faz os seus medos, sonhos e ilusões serem objetos de suas brincadeiras.
Eu trabalho com 3ª. Série e levo meus alunos para brincar no pátio com brinquedos e jogos duas vezes por semana e na sala uso jogos pedagógicos duas vezes por semana. Estes momentos eu afirmo que oportunizam um grande crescimento para mim e também para meus alunos, visto que assim damos um sentido suave as nossas aprendizagens.
A criança quando joga trabalha limites desenvolvem o raciocínio, portanto jogo e brincadeira são coisas sérias, pois é trabalho mental prazeroso e que faz com que a criança evolua sua condição social. Quando observamos as crianças jogarem podemos perceber que quando uma tenta burlar as regras do jogo, ou as regras pré-estabelecidas, os demais colegas fazem com que esta relembre as regras fazendo com que seja trabalhado o senso de cooperação e respeito com os colegas.
Podemos observar as crianças brincando e vemos que elas mostram suas vivências, o modo como chamam atenção das bonecas, “seus filhos”, “usam o batom antes de saírem para o trabalho”, atitudes
que são transferência de papéis. Manifestações através das quais podemos conhecer melhor nosso aluno e trabalharmos as conquistas, a rivalidade que há entre os membros da família, os tabus, etc.
Trabalhei com “Música Popular Para Crianças”, na Interdisciplina Música na Escola, onde os alunos precisavam criar uma coreografia dentro do compasso do samba, da música “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida. Atividade lúdica que os alunos se soltaram, brincaram com a letra, com o samba, questionaram sobre os compositores. Exploraram o vocabulário brincando com as palavras, buscaram no dicionário, aprenderam sim, pois instigou a curiosidade. Pude trabalhar o compasso, expliquei que é a pulsação dos tempos fortes e fracos da música. Os alunos construíram instrumentos musicais, reco-reco, tamborim, chocalho, exploraram os diversos sons produzidos.
Ficou claro com a Interdisciplina de Ludicidade que é imprescindível trabalhar com nossos alunos atividades que explorem o lúdico, seja um jogo, uma brincadeira, em fim uma atividade de folga. São atividades que promovem a interação com o grupo, estabelecem condição para o crescimento do indivíduo e do grupo no qual este está inserido.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Música na Escola

"Música Popular Brasileira Para Crianças"

Objetivo
Estimular os alunos a desenvolverem o gosto pelas atividades musicais através de exercícios que explorem alguns passos pelo qual a música passa e que sem estes não é música.

4/12/07
1. Apresentei o CD de áudio disponibilizado no pólo com as músicas para as crianças ouvirem e disse que se alguém quisesse dançar, cantar estava livre para eles. Avisei a eles que após ouvirmos a músicas iríamos escolher uma para montarmos um trabalho muito especial.
Após ouvirem todas as músicas eu questionei sobre o conhecimento da composição destas músicas, ninguém conhecia, não fiquei surpresa, pois na pesquisa anterior as músicas que costumavam ouvir era reep e fank.
Os meus alunos gostaram de todas as músicas e pedi que escolhessem uma para fazermos o trabalho. Escolheram música “Pelo Telefone”, Donga e Mauro de Almeida.
Perguntei se sabiam que tipo de música era, eles disseram que era um samba, então eu complementei dizendo que era uma melodia suave. Expliquei que melodia é a intensidade do som fraco ou forte.
Neste dia nós ouvimos o CD e cantamos e dançamos livremente as músicas. Após esta atividade perguntei se sabiam quem compôs estas músicas, ninguém sabia isto não me causa surpresa nenhuma, são músicas que não estão acostumados a ouvir.

2. Levei os meus alunos para a sala da supervisão escolar com prévio agendamento de horário para assistirem os slides do livro disponibilizado no pólo. Abro um parêntese para explicar que neste local tem um único computador que funciona, pois na escola temos uma sala de inclusão digital com quinze computadores que nenhum funciona. Dividi a turma em três grupos.
Mostrei as imagens e fui falando sobre os compositores que nele estão sendo apresentados, a época e locais onde eles comporam suas canções. Eles manifestaram interesse e curiosidade em saber sobre estes compositores. Ficaram realmente muito empolgados.
Propus que trouxessem latas, garrafas vazias e grãos de diferentes espécies, variando o tamanho.

5/12/07
1. Confeccionamos alguns chocalhos com o material que havia previamente pedido. Uma aluna trousse três reco-recos que o pai fez com pedaços de bambu. Eles experimentaram os diferentes sons produzidos pelos instrumentos.
Entreguei xerocada a letra da música que eles haviam escolhido para que pudessem cantar a música: “Pelo Telefone” de Donga e Mauro de Almeida. Cantaram companhando com os instrumentos confeccionados.

2. Dividi o grupo em dois grupos, um de frente para o outro. Montei uma coreografia de acordo com o compasso binário. Em cada estrofe o grupo 1 dava um passo à frente e batia uma palma. O grupo 2 dava um passo a frente apenas, depois eu inverti as ações. Os alunos adoraram, pediram para repetir várias vezes.
Nesta atividade as crianças ouviram sentiram e tiveram a oportunidade de se envolver com a música de modo que se contagiaram com a sensibilidade da música em questão.


"Música é a arte de expressar nossos sentimentos através dos sons e a Teoria é o conjunto de conhecimentos que propõe explicar, elucidar e interpretar o que ocorre nesta atividade prática e é uma importante ferramenta na formação de conceito, metodologia de estudo, maneira de pensar e entender o que fazemos. É a parte científica do estudo da música." Márcio Cintra

Eu julgo que são muito significativas estas atividades para mim, creio que são evidentes minhas aprendizagens, pois estou aplicando no meu grupo de alunos os conhecimentos adquiridos nesta interdisciplina Música na Escola. O meu trabalho está sendo qualificado e os meus alunos estão tendo uma formação que evidenciam o crescimento em suas aprendizagens. A minha prática pedagógica está em ascensão visto que estou adquirindo conhecimento com as leituras, com aulas presenciais e conseqüentemente aplicando em minhas atividades docentes.
Em toda e qualquer proposta de ensino que tenha como objetivo o desenvolvimento do indivíduo em sua totalidade deve estar inserida a música. A música trabalha e está associada à cultura e as tradições de um povo abordando seus costumes e suas crenças dentro do contexto peculiar de todo e qualquer lugar do mundo. O aluno precisa trazer seus conhecimentos de música para a sala de aula para que o professor possa contextualizar e desenvolver estudos de obras que façam com que o mesmo conheça e adquira conhecimentos para seu crescimento. Sendo que isto só acontece se o professor tiver este conhecimento e oportunizar ao aluno situações de ensino aprendizagem que sejam colocadas em prática a apreciação da música.
Faço questão de dizer e que também podem observar pelo vídeo a legria e o entusiasmo com que os alunos fazem os passos da dança e preocupados com a melhor cena, com o melhor de si na coreografia.
Eu trabalhei com meus alunos estas atividades considerando que todos os indivíduos participassem ativamente de todas as tarefas de modo criativo, participativo como pessoas que ouvem a música estimulando as potencialidades individuais de cada um.

O que é Teatro na Educação?
Para Fanny Abramovich:
"É claro que nenhum professor sente-se em condições de dirigir uma peça. Se não é montar algo, é, ludicamente, possibilitar que os alunos se expressem, fazer com que eles inventem a sua "história" e encontrem a melhor forma de mostrá-la a seus amigos (não precisa de platéia especial). Onde? Na descoberta do próprio espaço que a escola oferece (não precisa de nenhum palco). Sem material? Claro, com o material que os alunos descobrem na própria escola, nas imediações, trazem de casa. Quando? Sempre, porque toda atividade que é um jogo não tem data prévia para acontecer. E eu, o que faço? Olho o jogo espontâneo e o enriqueço, possibilitando outras alternativas, sem me preocupar em dar o meu enfoque. Pouco misterioso, não é? É só olhar as crianças na hora do recreio, na rua, para ver que elas estão sempre "brincando de teatro". E basta a gente lembrar de como "fazia teatrinho" quando era criança, lá no quintal de casa..."

Como é possível observar, não tem como descrever tamanho prazer que dá para o professor quando percebe as atividades propostas sendo executadas pelos seus alunos e tendo os objetivos atingidos de maneira lúdica, onde o mais impotante é o prazer de aprender pelo próprio prazer de aprender. Expressões nas quais o aluno usa de sua expontaneidade para criar, improvisar, isto é, dá asas a sua imaginação. Também vale salientar que as expressões da arte ficam aqui "de mãos dadas" e que posso dizer pela própria prática da atividade fica impossível trabalhar com estas de modo isolado.
Aqui ressalto quão importante é teoria e prática andar juntas, bem como nos diz Márcio Cintra: "Teoria só fará sentido se puder ser aplicada na prática, pois a teoria sem prática é como fé sem obras."

Referências bibliográficas:
http://www.wooz.org.br/teatroeducacao.htm
http://www.musicaeadoracao.com.br/tecnicos/teoria_musical/teoria_cintra/index.htm
Data:08/12/07