quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Veja meu Slide Show!

Visita 21ª. FEIRA DO LIVRO DE GRAVATAÍ

VISITA a 21ª. FEIRA DO LIVRO DE GRAVATAÍ PELOS ALUNOS DA TURMA 33 da ESCOLA OSÓRIO RAMOS CORRÊIA

Dia 23 de novembro eu levei os meus alunos à 21ª. Feira do Livro de Gravataí, a qual estava acontecendo como parte integrante do Encontro Internacional de Educação 2007. Eu , uma colega Fátima Schimidt e duas mães: Gislaine Espindola e Andréia Trindade acompanhamos os alunos, foi muito bom o passeio.
O roteiro foi organizado pela SMED, com recursos públicos foi disponibilizado um ônibus, também foi oferecido um lanche aos alunos.
Os alunos assistiram uma Contação de História com Dinára Schwarz,ela também cantou com os alunos, foi muito divertido. Gostamos muito também de um vampiro encarregado de divertir a platéia que acompanhava a contadora de histórias.
Os alunos participaram de um bate papo com o escritor Dilan Camargo, autor do livro "Brincriarte" e outros.
Os alunos tiveram contato com várias obras literárias e alguns foram preparados para compras. Os alunos visitaram bancas onde estavam sendo comercializado obras de arte, biscui, tapetes, geléias, pães e cucas, todos oriundos de produtores do município de Gravataí.
Nesta oportunidade fiquei bastante satisfeita, pois estamos mostrando, conhecendo e valorizando a cultura e o comércio do nosso município que é bem diversificado.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Novas apredizagens, novas formas...

A visita ao MARGS e Santander Cultural foi muito prazerosa pra mim, visto que eu pude apreciar trabalhos que são de materiais que podem ser feitos com alunos de qualquer classe econômica. Tantas vezes me deparei com o impasse de trabalhar com alguns materiais que por terem um custo e que ficam sempre a cargo do professor comprar e por isto os deixava de lado.
Gostei muito das obras em exposição e adquiri novos conhecimentos que posso aplicar com os alunos. O trabalho com recorte de jornal, margens e palavras, o uso de materiais mistos como papelão e madeira, em fim o uso de materiais que estão sendo descartados por não terem utilidade para algumas pessoas. Estou com novas idéias, com esta visita pude ver que tenho muitas, tantas possibilidades de trabalharmos com ARTES. Sei que basta propor o desafio e os alunos criam obras fantásticas, pois têm criatividade e todos são capazes.
Todos nós temos individualmente uma bagagem de conhecimento peculiar de nossas vivências e de nossa cultura. Para que o aluno mostre este potencial é preciso que seja inquietado, provocado, é preciso que ele sinta o desejo de que também pode construir obras tanto quanto um artista famoso com os recursos disponíveis e os conhecimentos que traz consigo.

sábado, 17 de novembro de 2007

Estágios de Evolução Mental da Criança.

Jean Piaget (1896-1980)
Um pioneiro no estudo da inteligência infantil

Fase 1: Sensório-motor

No estágio sensório-motor, que dura do nascimento ao 18º mês de vida, a criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que a rodeiam. Esse estágio se chama sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais imediatas.

Fase 2: Pré-operatório

No estágio pré-operatório, que dura do 18º mês aos 8 anos de vida, a criança busca adquirir a habilidade verbal. Nesse estágio, ela já consegue nomear objetos e raciocinar intuitivamente, mas ainda não consegue coordenar operações fundamentais.

Fase 3: Operatório concreto

No estágio operatório concreto, que dura dos 8 aos 12 anos de vida, a criança começa a lidar com conceitos abstratos como os números e relacionamentos. Esse estágio é caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos.

Fase 4: Operatório formal

No estágio operatório formal – desenvolvido entre os 12 e 15 anos de idade – a criança começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio abstrato. As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos.

No estágio das operações formais, desenvolvido a partir dos 12 anos de idade, a criança inicia sua transição para o modo adulto de pensar, sendo capaz de pensar sobre idéias abstratas.

Referências Bibliográficas;retirado do site:ttp://www.10emtudo.com.br/artigos_1.asp?CodigoArtigo=68&Pagina=4&tipo=artigo
Data:17/11/2007

domingo, 11 de novembro de 2007

Relato da Visita à 6ª. Bienal do MERCOSUL

Öyvind Fahlström - (São Paulo, 1928 - Estocolmo, 1976) - Brasil


Domingo, 11 de Novembro de 2007
VISITA À 6ª.BIENAL DO MERCOSUL!
VISITA DA TURMA DO PEAD-ARTES VISUAIS-10/11/2007


Seguindo o roteiro de nossa visita, primeiro nos encontramos em frente ao Santander Cultural local onde estão expostas a obras de Jorge Macchi, com suas obras monográficas, de nacionalidade Argentina é um dos maiores artistas contemporâneos reconhecido na atualidade. Em uma obra apresenta um vídeo com um texto o qual não se consegue ler acompanhado de uma música orquestrada. A música não é criada pelo Macchi embora este seja músico, ela é tocada pela orquestra da "OSPA".Obra que nos remete a pensar, viajar com inúmeras possibilidades. Fazendo minhas apreciações me convenço que é um artista na busca da perfeição. Outra obra dele que achei muito instigante foi a que de longe parecem dois cervos e que quando nos aproximamos podemos observar que é só um e que o segundo é uma ilusão de ótica, pois podemos ver que é a galhada que de longe aparenta ser outro cervo. Quero crer que é a 3ª. margem do rio: os desejos de união, as buscar de parceria, o amor incondicional...
Também é autor de obras onde foram recortados os textos e são mostrados de modo espelhado e arranjados em computador de modo a sugerirem figuras em que a união espelhada aparece através da união de duma ou duas palavras. Os contornos
dos textos,ou seja as margens vazias, são apresentadas em outras obras.

Na segunda visita fomos ao MARGS, no andar térreo observamos as obras de arte de Francisco Matto, artista que Uruguaio que apresenta obras com marcas da cultura pré-colombiana, trabalhos em cores fortes que caracterizam a cultura indígena.
No segundo andar podemos observar a obra de Oyvind Fahlström,Brasileiro, Paulista e está com sua primeira exposição no Brasil, no entanto sua obra é conhecida no mundo inteiro.
Nesta visita tive a oportunidade de apreciar magníficas obras contando com a orientação da Professora Rejane Ledur e dos guias da 6ª Bienal do MERCOSUL.

Após a visita a Bienal eu mais minha irmã fomos dar um passeio pela Praça da Alfândega onde apreciamos a obra em bronse, homenagem prestada aos poetas Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade, feita pelo Artista Francisco Stockinger.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Resumo do texto "Literatura Infantil no Brasil"

A Literatura Infantil Brasileira surgiu no final do século XIX. A literatura surgiu com o propósito de desenvolver na criança um comportamento desejável,portanto eminentemente pedagógico.
No início do século XX surge no Brasil uma literatura ufanista que tem como objetivo ressaltar os valores da Pátria, esta Literatura não tinha uma linguagem voltada para o público infantil.
Podemos ressaltar que as primeiras obras publicadas no Brasil eram traduções de obras estrangeiras.
O primeiro autor de Literatura Infantil que demonstrou preocupação em escrever em uma linguagem acessível ao público infantil foi Monteiro Lobato.Em 1921 veio nos agraciar com sua 1ª obra A Menina de Narizinho Arrebitado. Durante mais de vinte anos Monteiro Lobato com suas produções criativas dominou a Literatura Infantil Brasileira.
De 1945 até a década de 60 houve um certo retrocesso no sentido da criatividade.No entanto no início dos anos 70 com o fortalecimento da indústria editorial inicia um novo crescimento na produçao de obras de literatura no Brasil.Este significativo crescimento se deve ao aumento do público consumidos,maior número de estudants, apoio governamental de incentivo a leitura, bem como a diversificação da temática.

Fonte bibliográfica: Biblioteca do ROODA.

Literatura Infanto-Juvenil

A Contação de Histórias faz com que possamos sonhar, viver sonhos reais e fantásticos, nos dá asas e viajamos por mundos criados por nós e por outros. Nos faz crescer resolvendo nossas emoções.
As crianças amam as histórias, o meu fiho fez minha mãe contar e recontar uma história real com pitadas de fantasias de minha infância, onde eu e minha irmã fomos atravessar um campo e um boi correu atrás de nós. Ele ria, gargalhava sentindo e manifestando as emoções de cada momento da história. A manifestação de alívio e glória quando na história minha mãe diz que vencemos passar a cerca de arame e ficando salvas dos chifres do boi.
Eu até me esforço, mas não sou uma boa contadora de histórias, tenho muito o que aprender.

Eu também conto histórias para meus alunos e vejo que, apesar de eu não ser uma boa contadora de histórias, os alunos ficam muito atentos aos fatos da história.
Ouvir histórias faz com que nos reportemos para um mundo onde a fantasia pode virar realidade, onde os sonhos podem ser vistos como possibilidade de mudanças. Momentos estes que nos dão o direito de sonhar com o impossível, sendo adultos e com mais veemência na criança que tem suas fantasias bem mais aguçadas.

Experimentar momentos de fantasia faz com que trabalhemos nossas emoções. Estes momentos nos permitem que vislumbremos possibilidades de novas formas de resolver situações do cotidiano. A atividade “Contação de Histórias” permite que os alunos sejam os protagonistas indiretamente de cada cena da história, isto faz com que de um modo ou de outro este aluno tenha, como ser humano, a oportunidade de fazer com que seus sonhos sejam vistos com possíveis chances de realização. Possibilitando também que o impasses sejam visto como mais um motivo para não esmorecer diante dos obstáculos da vida.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Música e Artes Visuais

Trabalhei com meus alunos a música Aquarela de Toguinho, buscando a valorização da música de qualidade. Os alunos precisavam ouvir e representar com têmpera e pincel elementos que aparecem na letra da música.Trabalho que exigiu que o aluno pensasse e refletisse na letra da música. Esta tarefa também proporcionou aos alunos discutirem o significado da música,a infância e a palavra "descolorirá" como o que pode acontecer na vida adulta com suas responsabilidades.Os alunos gostaram do trabalho como podem observar na expressão de felicidade que trazem nos lindos rostos.
Cada grupo apresenta um painel pintado por eles. Quando receberam o papel estes deveriam discutir sobre a incumbência que cada artista teria que apresentar e construir na obra coletiva.
Professora Rejane é certo mais que um artista compor uma obra?
Depois que fiz o trabalho com os alunos fiquei me questionando.
Eu penso que sim, pois a obra "as Meninas de Diegos Velazquez foi concluída por outra pessoa.


Postagem no fórum do dia 05/11/07, veja a seguir:
\"O GROSSO DA SOCIEDADE FOI EMPOBRECIDO EM SEU CONTEÚDO,
E AS PESSOAS PERDERAM SUAS REFERÊNCIAS.
A UM SER ESVAZIADO DE CONTEÚDO HUMANO,
CORRESPONDE UMA ARTE VAZIA DE CONTEÚDO ARTÍSTICO\"
José Ramos Tinhorão,
crítico musical.

São constatações que muito nos inquietam e vejo como ponto positivo esta inquietação. Como já havia me colocado anteriormente acho que o primeiro passo é questionarmos o nosso aluno e fazer com que este também reflita sobre o assunto. Somos formadores, professores e muito precisamos aproveitar para nos posicionarmos perante a comunidade escolar visto que não trabalhamos sozinhos, toda a comunidade escolar precisa estar sincronizada no desempenho de toda a formação escolar.
O mal está instalado no mundo inteiro como o próprio texto diz, estamos atendendo intersses de alguns que com seu poder de manipulação de massas estão dominando o mundo. Considero que precisamos perceber a nossa condição enquanto profissionais da educação, no entanto também sei das limitações de recursos que somos assolados. Na escola que trabalho tenho apenas um colega que toca e canta, ele é mestrando da UFRGS, no entanto este ministra aulas de História. Os recursos humanos e materiais são restritos e os meios de comunicação significativamente mais fortes.
Quando desde a infância temos o contato com meios diversificados de música conseguimos fazer uma seleção do que queremos cantar, somos mais críticos.
Agora com esta Interdisciplina estou tendo a oportunidade de conhecer novas maneiras de trabalhar a música, também com as leituras estou tendo a oportunidade de refletir os porquês das nossas limitações.

Veja meu Slide Música e Artes Visuais

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A Rosa de Hiroshima Vinicius de Moraes


A ROSA DE HIROSHIMA
Vinicius de Moraes
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada


Morreu na semana passada o homem que pilotava o avião que jogou e detonou a bomba atômica de 5 toneladas sobre o Japão.
Fica aqui a minha demonstração de aprendizagem quando coloco esta poesia que está em consonância com a Interdisciplina de Música na Escola-B. Estudando a riqueza de conteúdo exitente na poesia e na música de muitos autores brasileiros do passado esta poesia é muito significativa. Nós que passamos por um momento de tanta pobreza na música no Brasil e no mundo preciasamos valorizar o que temos de qualidade contruído em nosso país.
Tenho consciência que minhas aprendizagens estão em ascenção, em cada momento que passa tenho motivos salutares para render garças e homenagens ao Mestres que colaboram na construção de uma Professora em Formação.
Meu muito obrigada.

sábado, 3 de novembro de 2007

Novas Conclusões.

Lendo o fórum vejo muitas colocações feitas pelos colegas do meu grupo e de muitos outros quanto ao nosso preconceito ao fazermos um julgamento. Que direito temos de julgarmos a vida de alguém apenas pela nossa intuição?
Aprendo que mais comedida terei que ser ao julgar alguém em qualquer circunstância, pois somente com evidências fundamentadas podemos atribuir um veredito. Não interessa se o indivíduo em questão é um culpado ou inocente em minha intuição, o que deve corroborar são as evidência, o mais são dircursos que podem colocar um inocente a margem da dignidade humana.
Não fosse o discurso filosófico de um dos jurados teria sido aplicada a pena de morte. Então fica pra mim a importância que tem a palavra pois ela pode apontar caminhos para que os demais pensem em seus argumentos na busca constante de devidências.

Trabalho em Grupo2/Resumo.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO – LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

PÓLO DE GRAVATAÍ
GRUPO 2
ALUNOS:
CARMEM VALERIA SIEBEL DA ROSA
CATIA CILENE DA SILVEIRA TITONI
CELMA FRANCISCA ANDARA
CRISTINA DE SIQUEIRA DA SILVA
DANIA JOVANKA MALETICH JUNQUEIRA
DANIELA CAPRA MOREIRA
DANIELA RIZZI
DARLENE VILANOVA SABANY
DÉBORA MACIEL MULETALER
DIRLEI MORGANA BITELLO DE AZAMBUJA


PRELIMINARMENTE:


O filme é uma adaptação de peça televisiva de Reginald Rose. Foi dirigida por Sidney Lumet, versado em peças de teatro para televisão. Trata-se de uma produção em branco e preto, contrastando com o maniqueísmo dos tribunais (culpado ou inocente). Um sentimento hostil dá razão à habilidade retórica da acusação.

É assim que racismo e preconceito funcionam, moldando decisões. Neste terreno, a acusação linear, reforçada por opiniões preconcebidas, ganha espaço sobre o tortuoso caminho da defesa difusa.

Segundo críticos, o filme resultaria pobre e monótono se não investisse nos conflitos de personalidade e nos temperamentos diferenciados dos personagens. As reações dos jurados em debate dão-lhe o movimento.

Não se assiste ao plenário. O julgamento se revela inteiro na câmara de jurados, conhecida no Brasil como sala secreta. Nesta, doze jurados digladiam para formar o veredicto.
DOS FATOS:


O filme em referência, que se passa inteiramente no interior da sala do júri de um tribunal americano, na cidade de Nova York, tem apenas a sua cena inicial ainda na sala de audiências, quando o juiz, de forma clara, orienta aos doze jurados para a regra básica a ser por eles utilizada para a definição do veredicto, o qual poderia conduzir o réu à pena de morte pelo crime de homicídio, contra seu próprio pai.


Os jurados só deveriam condenar ou absolver o réu quando tivessem certeza do veredicto e, em caso de dúvida ou discordância quanto à culpa ou inocência, deveria se utilizar do bom senso e fazer com que prevalecesse a inocência, até que existisse unanimidade de veredictos entre todos os doze jurados. No Brasil, nós seguimos o princípio advindo do latim, denominado “in dubio pro reu ”, orientando que em casos de incertezas, devemos sempre favorecer o réu.


O que o juiz quis dizer é muito simples: precisa-se ter certeza para se condenar ou absolver um indivíduo, para que não se cometa injustiças e condene-se um inocente ou se absolva um culpado. Ambos os veredictos seriam injustos: a condenação seria cruel para com o réu, ao lhe ser privado o direito de viver, por um crime que ele não foi responsável; já a absolvição indevida seria injusta para com a sociedade, colocando-a em risco ao absolver um elemento perigoso, liberando - o indevida e prematuramente para o convívio social.


Para tanto, contudo, far-se-á necessário que o júri responsável se certifique de todas as circunstâncias atenuantes e agravantes, que observe atentamente todas as provas e analise criteriosamente todos os testemunhos e indícios, o que em essência, traduz-se por uma análise hermenêutica.


Decerto, ao júri não caberá a uma análise hermenêutica de um texto, de um livro ou de um filme, mas sim de um processo judicial, onde caberá aos jurados exprimir um veredicto final quanto à culpabilidade ou inocência do réu e, em se tratando de Tribunais de alguns Estados americanos, esta sentença que será proferida pelo juiz, com base no veredicto do júri, poderá definir pela pena de morte, o que seria o caso, no filme em questão.


Já recolhidos à sala do júri, os doze jurados seguiram o procedimento padrão, quando fizeram uma votação preliminar, antes mesmo de discutir quaisquer aspectos, apenas para conhecer o entendimento prévio de cada um e, de todos eles, no seu conjunto. E surge a surpresa não esperada por onze dos jurados, quando apenas um deles declarou entender ser inocente o réu. E, em seguida, fez este jurado questão de salientar que ele não tinha certeza da inocência do réu; mas que também não estava convicto quanto a sua culpa, pelo assassinato do seu próprio pai.


O oitavo jurado, representado por Henry Fonda, apresenta aos demais onze membros do júri a necessidade de se analisar hermeneuticamente cada uma das provas apresentadas pela promotoria, cada um dos detalhes dos depoimentos prestados por cada uma das testemunhas, cada um dos fatos, objetos e circunstâncias ligadas à cena do crime, ao ambiente próximo e interligado a esta cena, além de detalhes mínimos e específicos, particulares e individuais, ligados as próprias testemunhas. E eles se lançam a fazê-lo, passo a passo, analisando cada um dos elementos que lhes houvera sido apresentado durante o julgamento.


Importante que elenquemos os sinais de evidências do envolvimento direto do jovem no crime, quais sejam:


1. Pai e o filho tiveram um desentendimento que acarretaria numa briga com agressão física. Para o jurado número seis, tal evidência configuraria motivo forte para o menino matar o pai.


2. O jovem portava um instrumento perfuro-cortante, conhecido popularmente como faca, e que foi o instrumento responsável pela morte da vítima. O terceiro jurado cita a habilidade que o réu possuía ao usar a faca, além de estar convencido de que o modelo em questão era raro.


3. A procedência humilde do jovem, segundo o jurado número três, é considerado fator determinante para a prática de crimes. Esse jurado considerou o jovem réu e todos aqueles vindos da miséria, uma ameaça para a sociedade. A colega Cátia Cilene faz menção sociológica a respeito da procedência do réu além de citar o fato das conversações sem prévio crivo ou controle de emoções (“o falar sem pensar”).


4. O testemunho da vizinha do acusado, afirmando ter visto o rapaz matando o pai. A testemunha visualizou a cena entre as janelas dos dois últimos vagões do trem que passava no momento do crime.


5. Os ruídos ouvidos pelo velho que morava embaixo do quarto onde houve o homicídio. Ele afirmou que ouviu um barulho que parecia uma briga, logo em seguida, ouviu o rapaz falar: “Vou te matar!”. Poucos segundos depois, correu, abriu a porta e viu o rapaz fugindo.


A respeito da evidência relativa ao trem, discutiu-se sobre o tempo em que o mesmo levava para passar, provocando um imenso barulho, capaz o suficiente de impedir ser crível que uma das testemunhas pudesse assegurar, com certeza, que realmente ouviu ser a voz do réu ameaçar o próprio pai de morte. Esta evidência também foi motivo de registro em nosso fórum, onde a colega Carmem também comungou da argumentação do oitavo jurado. A mesma colega também faz uma menção de cunho ético e sociológico ao mencionar que não acredita que uma pessoa possa nascer marginal.


É interessante mencionar que no século IX, um médico italiano de nome Cesare Lombroso, sustentava a tese do criminoso nato. Seus estudos genéticos e evolutivos preconizavam que pela análise de determinadas características somáticas seria possível antever aqueles indivíduos que se voltariam para o crime. Ele influenciou o Direito Penal do mundo, sendo um dos primeiros a defender a implantação de medidas preventivas ao crime, tais como a educação, o policiamento ostensivo, além de outras idéias inovadoras referentes à aplicação das penas. Segundo sua tese, os criminosos têm evidências físicas de um atavismo. Os criminosos seriam possuidores de estigmas com dimensões de crânio e mandíbula e assimetrias da face. Hoje as teorias baseadas na causa ambiental da criminalidade se tornaram dominantes. A teoria de Lombroso esteve bem presente no Brasil até meados da década de trinta.


Questionou-se a alegação da promotoria, quanto à questão de ser incomum a faca usada para o crime, baseando-se esta alegação no fato de na loja em que a vítima adquiriu a faca, aquela ser a última do estoque. O oitavo jurado consegue provar que o mesmo modelo de faca existia em uma outra loja do mesmo bairro.


Ademais, buscou-se reconstituir o tempo necessário para amparar ou negar a alegação do testemunho do vizinho que, sendo manco de uma perna e estando no seu quarto, sentado à cama no momento do crime, afirmava ter visto o réu, imediatamente após o som do corpo da vítima ter caído no chão, descer as escadas e cruzar com ele, na porta da sua casa.


Debateu-se a respeito dos possíveis motivos para o lapso de memória do réu, o qual, tendo alegado estar no cinema no momento do crime, não conseguia se lembrar do título do filme ou dos seus atores; reavivou-se na memória dos jurados o fato da testemunha que morava em frente ao local do crime, mesmo tendo características de marcas físicas, sobre o nariz, adquiridas pelo uso dos óculos, garantir ter visto o assassinato, mesmo tendo um trem passando por entre a sua janela do crime e estando a referida testemunha deitada à cama, no momento em que se estima, ninguém utiliza óculos.


O oitavo jurado, logo de imediato, sente a imensa resistência de quase todos os outros onze jurados, mas rapidamente, um a um, começam a se sentirem inseguros quanto ao seu posicionamento inicial de entender ser o réu culpado pelo homicídio do seu próprio pai.


A cada rodada de votação, ao mesmo tempo em que ia sendo ampliada a contagem dos votos de “inocente”, cada um dos próprios jurados conseguiam “ver” de forma diferente o mesmo fato, o mesmo dado, mesma prova, depoimento, circunstância anteriormente analisados, na sala de audiência. O trabalho hermenêutico serviu para demonstrar que, sob óticas diferentes, um mesmo objeto ou fato pode ser “visto” por ângulos, por prismas diferentes. Um provável inicial veredicto de culpado passa a ser lentamente transformado em um veredicto de inocente, pelo entendimento do significado real de cada fato, cada dado, prova, depoimento, circunstância anteriormente analisado.


Os jurados se permitiram passar a exercitar a sua capacidade de enxergar por detrás do que antes eles próprios haviam analisado. E essa capacidade se deve, unicamente, à disposição por não se ater ao significado frio, puro, simples, das palavras, dos dados, provas, evidências, depoimentos, circunstâncias e, até mesmo do inconsistente álibi do réu.


Cada um dos depoimentos prestados na sala de audiências, analisados de forma individual, por cada um dos doze jurados, isoladamente, passaram-lhes inicialmente uma impressão absolutamente diferente da que agora lhes imprimia, naquela sala do júri, quando analisados considerando-se o conjunto dos fatos, das provas, depoimentos, circunstâncias, ambiente do crime e, também, do álibi do réu. Ou seja, uma informação isolada apresenta um sentido, um significado diverso do que poderá assumir, quando exposta em um conjunto de outras informações.


Ademais, ficou registrado nas discussões do fórum da Interdisciplina, a importância das deliberações que envolvem a vida de outras pessoas. O decidir passa pelo universo do outro, no caso em tela, atinge não só a esfera da liberdade de outrem, como o direito à vida.


Além disso, salientou-se o descaso e preconceito em relação à análise do proceder do caso. Percebe-se que as pessoas usam bem mais seus juízos intuitivos, não só de forma preliminar como de forma decisiva. Os juízos intuitivos devem ser somente um ponto de partida para o desenvolvimento de um conceito mais elaborado.


O oitavo jurado instigou os demais a buscar atitudes filosóficas para a decisão da sentença, uma vez que instigou o questionamento, a investigação, a ampliação da visão do assunto. A partir da análise do caso, os jurados estavam filosofando, buscando maneiras alternativas de ver a realidade, formulando hipóteses, desvencilhando-se de seus pré-conceitos. A partir da análise do filme e discussão no ambiente, acredito que estamos também buscando a vivência da atitude filosófica.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Valorizando a Arte.


"A solução não é política, é de que cada um faça a sua parte. É espiritualista. Minha meta é passar amor, tentar conscientizar as pessoas da necessidade da união, da igualdade, da responsabilidade por tudo... A Arte é mensageira do amor - por Deus, pelo ser humano, pela vida. O mais nobre dos destinos..."

Cezira Colturato, pintora Paulista.

Artes Visuais!

Segundo, Anamélia Bueno Buoro (2003),

“cabe a nós, educadores, adotar a mesma postura inquieta de pensadores e pesquisadores permanentes, devendo para isso buscar formação contínua e investimento em novos conhecimentos, uma vez que só podemos ensinar aquilo que efetivamente sabemos”.

“Se o objetivo é ser um educador de arte, ver arte e estudar arte são questões fundamentais para a construção de uma competência no foco da leitura da imagem da arte. Ver e gostar é só um começo. O professor de arte que tem interesse em construir competências para trabalhar a leitura da imagem da arte em sala de aula precisa conhecer algumas Histórias da Arte, a fim de obter por elas um saber sobre arte e um repertório de imagens produzidas pelos artistas, imagens que são pensamentos visuais, construídas tijolo sobre tijolo, e que estruturam as próprias linhas conceituais das Histórias da Arte”.
Eu estabeleço um paralelo entre a fundamentação teórica de Anamélia Buoro e o trabalho desenvolvido em minha turma, pois ales já disseram: "Prô tu tem outra obra de porcelana pra gente fazer a nossa versão?"

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Trabalhos Lúdicos

“O fazer teatral é uma construção que ocorre na interação entre os indivíduos e destes com os problemas de atuação. A proposta dos jogos teatrais está relacionada à fiscalização que é tornar físico, expressar e trazer para o plano material o que há no plano das intenções, das imagens, das sensações, dos pensamentos”... (Formas de Abordagem Dramática na Educação – Ana Fuchs).
Com os trabalhos desenvolvidos com os alunos fica justificado o quanto nossos alunos fazem trabalhos brilhantes quado o ambiente é preparado para a manifestação espontânea da criatividade e imaginação, portanto podemos dizer que ocorre o desenvolvimento intelectual físico e assim aparece "os grandes talentos".
Eu fiz com os alunos atividades de teatro e pude perceber o quanto é importante nós termos consciência do modo como propomos aos alunos determinadas atividades.É importante que tenhamos sempre em mente o que queremos com os alunos, se o professor oferece um trabalho que favoreça a expressão lúdica e as idéias criativas e espontâneas este será alunos que terão o mestre como uma referência ao passo que os alunos serão cada vez mais independentes. Estudando o texto A Experiência Criativa aprendi que tudo o que o ambiente oferecer ao indivíduo este pode aprender, no entanto o indivíduo precisa permitir. Portanto se aquilo que for oferecido tiver sentido, for interessante, agradável elúdico o aprendiz revelará seu talento.
Na atividade de Artes "Família de Retirantes" fiquei surpreza com tamanha criatividade e participação, bem como com magnífica interpretação quanto a finalidade dos animais os quais os retirantes levavam consigo e a posição da matriarca na apresentação da obra.
De forma bem clara e contundente estes apresentaram os retirantes que conhecemos em nossa realidade. Os meios de transporte utilizados, caminhão e carroça, e os animais que são carregados pelos retirantes da comunidade na qual estão inseridos, cães, cavalos.
Trabalhei as músicas Ran Sam Sam, Escravos de Jó e a atividade Zip Zap atividades as quais os alunos gostaram muito.
Eu nunca tinha trabalhado com Escravos de Jó em roda com os passos que a professora Ana Paula apresentou na aula presencial. Apresentei aos meus alunos e estes gostaram muito, pediram para repetirmos várias vezes. Com isto percebo que o quanto estes estão mais receptivos em desenvolver as tarefas, pois no início eles só queriam cantar e dançar as músicas tocadas na mídia.
Embora para a foto eles estabelecerem a condição que só iriam fazer uma foto se esta apresentação fosse de música com coreografia já criada por eles, percebo que eles hoje estão bem mais receptivos e aceitam melhor as propostas que envolvem o toque e a expressão corporal.