sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Importância dos Textos em Temas Polêmicos

Pensando em maneiras variadas de trabalharmos temas que desenvolvam em nosso aluno questões polêmicas e necessárias para a interação da turma, seu crescimento pessoal e coletivo diante das mais variadas questões. Penso que isto é possível através da sutilidade e dos mais variados portadores de textos.
“Outros aspectos que gostaríamos de destacar refere-se aos significados circulantes nos textos de leitura.” ( DALLA ZEN; TRINDADE,2002). É muito importante que se trabalhe os diferentes textos, pois eles têm uma subjetividade que contribui desenvolvendo no aluno várias questões. Os textos podem apontar com sutilidade as mais variadas maneiras de trabalharmos o medo, a perda de alguém ou de uma vida, a miséria, a riqueza material, os valores morais, a solidariedade, a etnia, as mais diversas diferenças. Muitas questões subjetivas podem ser trabalhadas através de textos, basta que saibamos escolher. Pensando na etnia creio que nada mais importante é do que apontar as diferentes formas que cada família é constituída, a da professora, a família de cada aluno. A organização desta para garantir o sustento dos membros da família, as peculiaridades entre as diferentes paternidades entre os filhos de uma mesma mãe. Também devemos dar nosso exemplo, no que diz respeito ao escândalo, isto é jamais devemos nos escandalizar com o que os alunos falam referente a sua constituição familiar, nem permitir que os colegas o façam. Mas sim devemos apontar a importância que tem os membros de cada família não pela sua aparência de cor, gordo, magro ou deficiente, preto ou branco, mas sim pelo valor que ele tem afetivamente para os demais membros daquela família.

Alfabetização ou Letramento

Sempre podemos aprender e estas aprendizagens novas servem para que pouco a pouco possamos inovar o nosso fazer pedagógico enquanto professores que somos. Aponto Alfabetização e Letramento como estas novas aprendizagens, pois são embasadas em uma teoria como bem podem observar.
“O caminho adequado é o da síntese: não alfabetização OU letramento, mas alfabetização E letramento.”É preciso conjugar alfabetização e letramento? (BETOLILA; SOARES, 2007)
Penso que tão importante é o letramento para a alfabetização que muitas vezes até pensamos que estes pode ou andam só. Na verdade para que alguém consiga decifrar o código da escrita deve estar muito envolvido no letramento. A importância de ser oferecido aos alunos, vários portadores de textos, não garante que este se alfabetize. Creio que desde muito cedo todas as crianças dão início no processo de letramento, porem quando chegam na escola por motivos não muito claros muitos conseguem avançar e alguns não conseguem. Talvez, ou muito provavelmente os recursos usados para que este mais se aproxime da alfabetização não estejam adequados ou não atendem a real necessidade que alguns precisam. Ressalto aqui a importância que tem o trabalho do professor em “encantar”, favorecer que a criança se sinta à vontade no ambiente escolar para emitir sua opinião, mostrar seus conhecimentos prévios sobre determinados assuntos. Apresentar e acolher as diversidades culturais dos colegas mediado pelo professor que se empenha em fazer dos momentos de sala de aula, momento de aprendizagem cooperativa.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Importância do PA nas Séries Iniciais e na Educação Infantil.

Com as leituras da Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação e com a observação dos vídeos disponibilizados nesta fica evidente o quanto é importante trabalhar com projetos. Acredito que é necessário um planejamento que conte com a participação efetiva dos alunos, visto que deste modo estes ficam comprometidos desde o momento que escolhem determinado tema. Também é necessário pensar em um planejamento com possibilidades viáveis para que este seja colocado em prática. Ele precisa ser flexível, pois conforme vai acontecendo as intervenções vai também acontecendo a sistematização do processo de aprendizagem. Penso que atividades como a proposta no filme “Vamos Passear na Vassoura da Bruxa Onilda”, em que os alunos levam para suas casas a atividade de construir um diário, levando o projeto para dentro de seus lares faz com que todos os membros da família tenham conhecimento e envolvimento nas atividades escolares, sendo este o nosso maior desafio.
Penso que devemos planejar com flexibilidade e também é muito importante que tenhamos conciência e profundo conhecimento do público com o qual estamos trabalhando. Visto que os alunos da educação infantil precisam ser mais envolvidos com atividades lúdicas e que os alunos das séries iniciais podem trabalhar com mais conceitualização. Os alunos das séries iniciais podem trabalhar com mais autonomia ao passo que os alunos da educação infantil precisam trabalhar com atividades mais dirigidas pelo(a) professor(a).

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

EJA - Pensando nas Possibilidades/Aprendizagens Significativas

O aluno da EJA é aquele indivíduo que está trabalhando ou está desempregado, na maioria são adultos e jovens que por algum motivo ou outro deixou de freqüentar a escola do turno do dia, assim falando a grosso modo. No entanto, não podemos deixar de apontar que nesta gama de público estão indivíduos da periferia das grandes cidades, muitos vindos da zona rural e todos provenientes da exclusão da sociedade, são idosos, brancos, afro-descendentes. Dentre eles estão indivíduos doentes, hiperativos, bipolares, depressivos, em fim pessoas com problemas envolvendo transtornos psicológicos. Muitos destes, são vítimas da drogadição lícita e ilícita, ex-apenados e apenados em liberdade condicional, delinqüentes de toda espécie. Todos sendo vítimas de tais mazelas ou convivendo com elas em seu cotidiano. Portanto todos estão necessitando de atendimento especial, pois tiveram seus sonhos ceifados e suas expectativas destruídas.
É necessário apontar que diante dessas diversidades tenhamos uma EJA que venha contemplar não somente o conteúdo perdido, as necessidades educacionais dos alunos, mas principalmente que venha contemplar as expectativas dos alunos, seus desejos. Através de projetos pedagógicos que venham contemplar os saberes dos alunos, visto que como sabemos são muitos e significativamente diversificados. Sendo assim o professor deve prever uma certa “fórmula mágica”, trabalho de resgate da auto estima para que seja possível acontecer as mudanças necessárias através do aperfeiçoamento, visto que estamos diante de indivíduos em busca saberes escolares. É preciso que o professor se dê conta que com toda esta diversidade os alunos trazem consigo uma linguagem própria de seu meio, uso de gírias, uso de expressões que denotam códigos da marginalidade e que podem ser colocados como uma afronta ao professor. O professor é seu oposto, este detém a linha da cultura do meio que é aceito socialmente e que deve estar apto para fazer destes o seu maior desafio. Do contrário teremos então mais uma vez a condenação destes alunos que desmotivados evadem e então estarão fadados ao infortúnio do fracasso escolar.

Para Marta Kohl, “todo o conhecimento é igualmente valioso”, portanto fica evidente a importância que tem para o aluno da EJA ser recebido em um ambiente acolhedor em que se sinta igual com suas diferenças. Local este em que possa se posicionar fazendo colocações e apontando saídas para diferentes situações, onde este se sinta parte da sociedade letrada, parte da escola e de seus mestres. Pois, nada mais desafiante que após um dia de trabalho cansativo sem motivação para estudar entrar em uma sala de aula e encontrar um ambiente prazeroso. Ambiente em que as atividades pedagógicas sejam instigantes, tenham valor, signifiquem para o educando aprendizagem.
Acredito que a Educação de Jovens e Adultos seja talvez o nosso maior desafio como professores, porém acredito que é possível contribuir para que a história de jovens e adultos seja uma trajetória de sucesso em que as pessoas possam criar e recriar suas histórias. É possível que cada aluno de EJA seja capaz de individualmente e coletivamente construir aprendizagem.

REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./Dez. 1999, n.12,p. 59- 73.s significativas.