sexta-feira, 25 de abril de 2008

Novas aprendizagens!







As tecnologias estão a nosso serviço, precisamos tirar delas o máximo de proveito e fazer delas instrumentos do nosso cotidiano para a nossa própria evolução bem como dos nossos alunos.
Eu neste mês de Abril com as atividades da Interdisciplina de Matemática sendo postadas no PBWIKI, tive vários problemas e muitos destes me fizeram ficar atrasada e me levaram ao questionamento: Até que ponto vale a pena?
Bem,com a superação das dificuldades eu hoje tenho certeza que vale a pena sim,pois eu aprendi muito com os impasses. Precisei recorrer a ajuda de colegas de tutores indo ao pólo, também consultei tutores online. Estes foram incansáveis em me ajudar, superei as dificuldades e aprendi. Claro, ainda não sou uma consultora em páginas do PBWIKI, mas já sei um pouco mais pelos desafios e surgiram e eu os venci.
Também, nestas dificuldades, eu percebi que muitos outros cresceram, cito um tutor que disse: "Eu não sabia que após a recuperação da página precisava esperar um certo tempo para fazer uma nova edição." Isto me gratifica muito,pois além de eu aprender com as dificuldades provoquei no tutor curiosidade e novas aprendizagens, visto que ele também não sabia que devemos esperar um certo tempo para fazer uma nova edição após a recuperação de uma página.

Paulo Freire diz: "Ensinar exige pesquisa. Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino."
Portanto quando pesquisamos, indagamos somos indagados, educamos e somos educados é nesta relação de trocas que todos ganham. Neste curso EAD, alunos e alunas desta maravilhosa Universidade que é a UFRGS interagem e crescem. É assim que eu me sinto gente capaz de aprender e de ensinar.

domingo, 20 de abril de 2008

Fundamentando o Trabalho de Ciências.

Prática e Teoria ...Aprendendo Mais...

Ciências e Temas Científicos Estudados Pelas Crianças

Mediante a atividade proposta feita com os meus alunos de 3ª série, tive a oportunidade de vivenciar junto com eles uma experiência única e muito gratificante, digo isso em função da peculiaridade com que cada aluno fez a representação com o desenho da palavra recebida. Apresentei as palavras: luz, árvore, estrada, força, raiva, lixo, pé, rio, ácido, saudade, coração, nuvem, céu, mar, planeta, energia. Fiz questionamentos e os alunos com muita propriedade responderam de acordo com suas vivências. Uma aluna fez um ferro de passar roupa e este ligado a uma tomada de corrente elétrica representando a palavra “energia”. Reportei-me a minha infância e pensei que eu jamais iria desenhar um ferro elétrico, pois eu não conhecia um ferro elétrico, o nosso era com brasas de carvão. Um aluno desenhou uma mulher dando à luz um bebê para representar a palavra “luz”, esta então foi a que os colegas e inclusive eu achamos a mais diferente representação.

Os desenhos que os alunos consideraram mais difíceis de representar foram o da palavra força e o da palavra ácido. Foi o momento que os lembrei do que os pedreiros usavam misturar na água para limpar os tijolos, as cerâmicas, eles argumentaram dizendo que eles sabiam o que era, no entanto o desenho era difícil de fazer. Os desenho que eles identificaram como os mais parecidos foram os desenhos de coração, árvore e céu. Com este trabalho pude experienciar e perceber o quanto pode ser diferente as representações de um grupo de alunos da mesma comunidade em que vivem, estudam na mesma turma e têm praticamente a mesma idade.

Eu de posse da leitura do texto da Russel Teresinha Dutra da Rosa, pude perceber que quanta surpresa nos traz o aluno e que o quanto eu posso aproveitar para aprofundar temas, buscar e analisar conteúdos para a área da Ciência e que estes naturalmente estão interligados com outras áreas e que precisam ser levados em consideração. Eu sempre me esforço para trabalhar com os meus alunos de modo integrado, pois vejo que as demais disciplinas estão sempre relacionadas de um modo ou de outro. Apareceu a água na representação da palavra “planeta”, aproveitei para trabalhar os cuidados com o armazenamento d’água.

Hoje estamos enfrentando a Dengue, doença que está diretamente ligada aos cuidados com o armazenamento d’água. Trabalhei com os meus alunos este conteúdo e estes me disseram: _ Mas aqui não temos ninguém com Dengue, isto é só lá em São Paulo o Luciano Huk é que teve dengue.

Eu, com meu fazer pedagógico disse a eles que ainda não foi divulgado que aqui, em Gravataí, alguém esteve com Dengue, mas que precisamos ter todos os cuidados necessários porque os meios de comunicação podem estar mascarando a verdadeira realidade. E que depende de todos nós, da sociedade em geral, rica e pobre, aplicarmos as medidas de prevenção, pois a doença não escolhe classe social, idade, ou classe econômica privilegiada ou pobre. Neste conteúdo estávamos trabalhando Ciências e Estudos Sociais, exemplo de prática de interdisciplinaridade que apresenta uma ligação do movimento social para o combate da proliferação do mosquito da Dengue.

domingo, 13 de abril de 2008

Repensando o Planejamento de Estudos Sociais

Repensando o Planejamento de Estudos Sociais


Minha vivência de duas décadas em sala de aula é de um planejamento baseado nas datas comemorativas. No início de cada ano letivo nos reunimos com o conselho escolar, e comunidade escolar para votação do calendário escolar. Após este primeiro encontro os professores e equipe diretiva nos reunimos para o planejamento dos objetivos a serem atingidos no decorrer do ano letivo e depois damos início aos objetivos do trimestre. Poucas oportunidades são dadas para que os pais opinem sobre os conteúdos de Estudos Sociais ou outras disciplinas.
Tendo em vista que o planejamento precisa ser feito contemplando momentos de participação dos pais e professores para discussão dos objetivos que irão ser trabalhados em Estudos Sociais, em minha escola estamos ainda muito a quem do que ideal. Em virtude do próprio desinteresse dos pais em participar de atividades de estudos e reflexões na escola, aponto como sendo um dos motivos pelo qual muitas vezes não são feitas atividades que propiciem determinadas discussões, bem como a acomodação do grupo docente que pensa que está fazendo o seu trabalho de modo eficaz esquecendo que precisam ser persistentes e audazes na construção do pensamento e da ação de uma comunidade para a construção de uma sociedade cidadã.
O grupo docente de uma comunidade escolar é responsável por questões subjacentes que devem ir além da coleta de dados históricos de um determinado local e época, mas deve oferecer situações de mudança pelo grupo atuante de modo que este seja um chamamento ao grupo passivo para que também participem e façam suas inferências e se dê a construção social. O trabalho do professor precisa ser incansável, pois pensar que vamos atingir 100% pode ser utopia do ponto de vista de quem não sonha com um mundo melhor. Mesmo que as mudanças não sejam o tanto que esperamos precisamos pensar que com o trabalho implantado há uma “contaminação” de idéias que atingem o grupo mesmo que de modo indireto.
Eu hoje, de posse de uma reflexão sobre o meu fazer pedagógico vejo outras possibilidades de trabalho em minha comunidade escolar, questões investigativas em todas as áreas do conhecimento podem fazer a diferença e despertar um maior interesse nos pais dos alunos para a construção da cidadania. Elaborar entrevistas na comunidade que envolva diferentes idades e camadas socioeconômicas podem ser o início da participação dos pais na escola. Podemos a partir daí construir momentos de aprendizagem, reflexões que possibilitem que na relação social se dê uma nova direção. Nestes encontros poderemos sugerir novas temáticas (política, família, geração de renda, meio ambiente, segurança) e por votação escolhermos sugestões e implantarmos novos temas com dinâmicas de participação que tenha como objetivo contemplar as necessidades de toda a comunidade escolar. Sei que precisamos trabalhar muito e que os resultados podem ser lentos e não posso pensar em resultados imediatos, mas que preciso levar este conhecimento para os meus colegas e junto da equipe diretiva elaborarmos um projeto de trabalho que possibilite aos poucos essa efetiva participação.

Referências Bibliográficas:
Biblioteca do ROODA

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Desenho Representando a Palavra...



Eu apresentei as palavras conforme a ordem: luz, árvore, estrada, força;
raiva,lixo, pé, rio;
ácido, saudade, coração, nuvem;´
céu, mar, planeta, energia.
Pedi aos alunos que representassem através de desenhos as palavras qu estavam em cada espaço da folha. Os alunos iniciaram o trabalho e eu comecei a circular entre estes. No 5º aluno que eu observei, ele já havia concluído o primeiro desenho o qual representava a luz. Fiquei impressionada, pois não esperava por o desenho de uma mulher em uma posição estranha,com seios bem desenhados. Perguntei ao aluno o que ele havia desenhado. Ele me respondeu: - É uma mulher dando à luz, professora!
Eu jamais imaginei que pudesse alguém dar essa interpretação. Portanto é necessário que em qualquer situação de nossa vida profissional, como professor(ra) não nos escandalizarmos com o que os alunos nos trazem de vivência, moral, princípios, representação. Pois eu poderia ter dito a ele que onde estava a luz que eu pedi para desenhar, pois não enxergava luz nenhuma ali.
Manifesto aqui a grande alegria de estar aprendendo sempre, e agora com esta Interdisciplina com fudamentação teórica, Representação do Mundo Pelas Ciências Naturais, estou aplicando em meu trabalho diário com os alunos. Fazer inferência no meio onde estamos inseridos requer conhecimento e respeito pela cultura do outro.
O trabalho do professor, nos mais variados momentos de atuação, integra um contexto que constitui a formação cultural em todos os aspectos, formando subjetivamente a identidade, a vida comunitária da sociedade em que atua. Pois, o trabalho do professor precisa avançar indo além dos muros escolares, é mister que se discuta o que nos é apresentado nos mais variados meios de comunicação que primam pelo consumo desenfreado e não pela preservação da vida no mais amplo sentido. Precisamos lutar por políticas públicas que tenham como objetivo a preservação da vida e para isto é necessário repensar os conceitos que nos são apresentados pelo meios de comunicação.