segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Reflexões: Descentralização do Poder

REFLEXÃO SOBRE A DESCENTRALIZAÇÃO DO PODER NO AMBIENTE ESCOLAR

Aponto como de grande aprendizagem as reflexões que sucitaram com os estudos da interdisciplina Organização do Ensino Fundamental, me fizeram repensar sobre a maneira como está sendo feita as Gestões nas escolas e o que é de fato uma gestão democrática. A nossa brilhante Professora Patrícia Marchand disponibilizou excelente material e propos um trabalho que me ajudou muito no meu crescimento como professora em formação. Também favoreceu meu posicionamento nas reuniões para elaboração do PPP em minha escola.

A nossa reflexão aponta para a descentralização do poder no ambiente escolar. Para tanto é necessário que as relações entre todos os segmentos da comunidade escolar sejam de diálogo, sejam modificadas com vistas ao crescimento de todos, de modo que a gestão democrática não seja de uma visão unilateral como foi até então.
A construção de uma gestão participativa e de descentralização do poder se dá pela relação dialógica que conseqüentemente resultará em uma cultura que valorizará a participação de todos. A descentralização do poder está configurada nos conselhos escolares, na eleição de diretores, na construção do PPP e regimento escolar estes são elementos integrantes da gestão democrática. O PPP e o regimento escolar apresentam os desejos e anseios da comunidade escolar bem como apresentam suas regras e caminhos para que suas aspirações se efetivem. Portanto, para que isto aconteça são necessárias muitas assembléias com diálogos entre os membros e tomadas de decisão em conjunto, sendo que todas as decisões se darão em âmbito coletivo.
Em uma gestão democrática, o conselho escolar torna-se a instância máxima de uma escola, pois ele é constituído por membros de todos os segmentos da comunidade escolar. Ele permite que todos se sintam representados através do diálogo apontando novos rumos e ajustes no desempenho escolar. Ele é a instância pedagógica e administrativa máxima da gestão democrática, pois por ele que passa a descentralização de recursos, a aplicação de verbas, as práticas pedagógicas.
A eleição de diretores em uma gestão democrática promove a mobilidade dos gestores quanto à possibilidade de escolha de gestores mediante análise criteriosa das propostas administrativas. Os novos gestores escolhidos precisam estar atentos às necessidades que demandam na escola, como instituição de ensino, e que é necessário garantir a participação de todos os segmentos a fim de que estes façam suas inferências. Podemos perceber o quanto são importantes aqui as relações interpessoais, pois todos os segmentos são atores de igual importância e não somente os gestores escolhidos. Portanto não cabe tomar decisões isoladas o que negaria a gestão democrática.
Uma gestão democrática está em constante modificação, exigindo um processo de permanente construção o que alimenta e garante a descentralização de responsabilidades. Ela acontece no cotidiano dos espaços escolares e deve permitir o efetivo exercício da gestão democrática.
Acredito que ainda não temos alcançado a gestão democrática em plenitude, como muitas vezes apregoamos. Pois ainda há entraves no que diz respeito ao planejamento participativo. O planejamento participativo das ações pedagógicas das escolas, ainda é feito, em sua grande parte, pelos professores. Os demais segmentos ainda não participam como deveriam. No entanto para que exista uma gestão democrática é fundamental que todos os segmentos participem da ação conjunta do planejamento pedagógico, bem como devem participar da avaliação da instituição educacional.
Conclui-se que estamos em processo de construção e estruturação da gestão democrática em nossas escolas, pois muitas vezes agimos como se cada momento de participação tivesse um fim ao término de um espaço de tempo. Portanto é necessário que na prática de toda e qualquer ação sejam elas administrativas, pedagógicas, dialógica ou financeiras sejam feitas com a construção e avaliação de todos os segmentos.

sábado, 8 de novembro de 2008

Gestão Democrática!


Está acontecendo hoje, em todas as escolas do município de Gravataí a escolha de diretores para a Gestão de 2009 à 2011. Registro aqui o momento no qual assino a lista de presença para exercer o meu direito e o meu dever, como cidadã e profissional da educação da Escola Osório Ramos Corrêa. Sei que sou responsável pela escola que tenho e que quero, pois trabalho há duas décadas nesta escola, aliás, muito me orgulho de dizer que esta escola é o meu local de trabalho. Lugar no qual procuro atuar com brio, sendo justa e contribuindo para a construção de uma sociedade mais humana e igualitária.
É mister que sejamos incansáveis na luta por propostas que contemplem o exercício da democracia, todos tendo direito de opinar, sendo atuantes na consolidação dos princípios e no efetivo exercício da democracia. Oportunizando todos os segmentos da escola a atuarem e a fazerem suas inferências em todo o processo da Gestão Escolar.
Estamos em constante aprendizagem, estou crecendo em conhecimentos teóricos que estão de acordo com minha prática profissional. Sei que a democracia é um processo de permanente construção e aprendizagens múltiplas e exigem vigilância, pois apostamos nos atores políticos escolares que são os professores. Os professores são os responsáveis por promoverem a mobilização e a mudança de atitudes no que diz respeito à escolas pública. Nós professores, como membros de uma instituição social, temos a incumbência, visto que está em nossas mãos possibilidades reais de oportunizarmos às crianças e jovens de nossas escolas a tornarem-se cidadãos críticos, capazes de refletirem e atualizarem-se.